Quando o empreendedor consegue tirar um negócio do papel e, mais do que isso, torná-lo bem-sucedido, ele tem a chance de deixar um legado. Isso acontece por meio da chamada sucessão empresarial.
O processo é comum e envolve tanto as pequenas empresas quanto as gigantes de variados setores. Todos nós sabemos que a Apple nunca mais será a mesma sem Steve Jobs. Contudo, essa empresa revolucionária continua exibindo um brilho poderoso após a sucessão empresarial.
Para que a empresa se perpetue, é fundamental que o empreendedor compreenda a importância de se fazer uma sucessão bem planejada. Se você ainda nem pensou no assunto, continue a leitura e aprenda como deixar o legado da sua empresa para as próximas gerações!
Antes de analisar alguns detalhes da sucessão empresarial, você deve saber que existe mais de um tipo:
Como a própria expressão indica, essa sucessão é caracterizada pela substituição de entes familiares no comando da empresa. Os novos gestores costumam ser os filhos, mas também podem apresentar outro grau de parentesco.
Talvez essa seja a sucessão mais frequente no mundo corporativo, mas isso não quer dizer que ela sempre seja bem-sucedida. No decorrer da história, muitas empresas renomadas faliram ao serem assumidas por filhos despreparados para administrarem o negócio.
Portanto, os critérios primordiais para a sucessão jamais devem ser pautados no sobrenome da família, e sim na plena capacidade de gerir o negócio.
Nesse caso, a sucessão é determinada por alguma modificação na estrutura jurídica da empresa. É importante salientar que os sucessores permanecem usufruindo dos mesmos serviços prestados pelos atuais colaboradores. E, em contrapartida, os contratos de trabalho anteriores não são afetados.
Basicamente, essa sucessão é definida pela compra de um ponto comercial e ela é ditada por algumas regras. A principal delas é a cláusula de não restabelecimento.
Segundo ela, o vendedor do negócio fica impedido de estabelecer concorrência comercial ao longo de um intervalo de 5 anos. Contudo, essa restrição só se aplica a um negócio que esteja no mesmo nicho de mercado do anterior (vendido).
Ao contrário do que possa parecer, a sucessão empresarial se inicia bem antes da efetiva substituição dos diretores ou gestores da organização. Logo, deve haver, de fato, uma preparação bem detalhada e direcionada ao momento dessa troca.
Desse modo, a atual direção da empresa deve preparar o terreno para a próxima. É necessário fazer um exercício de previsão, a fim de cogitar quais serão os desafios a serem encarados nos próximos períodos.
Simultaneamente, os líderes do momento precisam definir o que, de fato, deve ser deixado como legado. A missão, visão e os valores organizacionais precisam ser transmitidos, pois são os pilares básicos a serem preservados.
Isso não significa que esses componentes elementares não possam sofrer algumas leves modificações. Mas qualquer alteração deve ser muito bem calculada e com base em um propósito futuro bem definido. Quando as mudanças visam algo melhor, elas sempre são bem-vindas.
Todo esse cuidado se faz necessário por muitas razões. Qualquer mudança brusca e precipitada na direção de uma empresa pode causar consequências quase irremediáveis. Em organizações que atuam como sociedades anônimas, por exemplo, uma notícia repentina envolvendo a troca do comando pode derrubar o valor das ações na Bolsa.
Internamente, a troca súbita de líderes pode gerar um tremendo mal-estar nas equipes. Afinal, os colaboradores ficam motivados conforme se acostumam a olhar para um líder carismático e que lhes é familiar. A chegada de um estranho tende a romper esse equilíbrio e a abalar as relações.
Uma vez verificada a necessidade de se preparar com antecedência para a sucessão na empresa, a cautela passa a residir na capacidade dos sucessores.
Nesse momento, o que ocorre é parecido com a análise de pessoas para a ocupação de determinados cargos estratégicos da organização. Mas como se trata de uma sucessão, o processo é mais complexo e, portanto, deve ser ainda mais minucioso.
Nem sempre aquele familiar inteligente e bem-intencionado é a melhor pessoa para assumir o leme da empresa. Antes de mais nada, é preciso traçar alguns pré-requisitos para que a condução da empresa se mantenha no mesmo nível ou o supere.
Caso nenhum candidato preencha esses pré-requisitos naquele momento, o melhor a se fazer é esperar por alguém que o faça. É por isso que a sucessão empresarial é um processo que deve ser concretizado com calma e sem pressa. Se o dono do negócio souber se organizar, ele não ficará desesperado em busca de um ou mais sucessores.
Além disso, por mais preparado que o sucessor seja, também será necessário treiná-lo. Ele pode até dominar as características do setor em questão, mas é bem possível que esteja pisando no solo daquela empresa pela primeira vez.
Então, nada mais natural do que receber algum treinamento mais direcionado e bem objetivo. Por fim, ainda é válido realizar um período de acompanhamento da nova gestão.
Esse monitoramento é benéfico tanto para quem está deixando a empresa quanto para quem assumiu o negócio. É nesse momento que as principais dúvidas surgem e podem ser prontamente sanadas.
Após selecionar um ou mais sucessores do negócio e treiná-los, o atual gestor precisa aprender a se desapegar da própria empresa. Certamente, essa não será uma tarefa fácil.
Para facilitar o processo, convém passar a delegar algumas das principais funções exercidas enquanto principal administrador. Obviamente, deve-se respeitar o ritmo de ambas as partes envolvidas para evitar tropeços.
Se realizada com calma, atenção, seriedade e um bom planejamento, a sucessão empresarial será bem-sucedida. Tudo o que você precisa fazer é seguir essas orientações e dicas antes e durante a troca do comando na sua empresa!
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